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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Auditoria nega maquiagem em rombo do Banco Panamericano

Empresa se diz “indignada” e afirma que foram veiculadas “inúmeras inverdades”

 A Deloitte, auditoria responsável pelas contas do Banco Panamericano, divulgou uma nota nesta quarta-feira (17) para negar que tenha maquiado as contas da instituição financeira de Silvio Santos. O comunicado da Deloitte afirma que foram veiculadas “inúmeras inverdades” e que está “indignada” com a imprensa.

Nesta quarta-feira, jornais e portais noticiaram que a empresa enviou o balanço do terceiro trimestre do banco para o Banco Central e para o próprio Panamericano. Esse relatório, supostamente, não trazia o rombo de R$ 2,5 bilhões – R$ 2,1 bilhões do próprio banco e outros R$ 400 milhões da área de cartões de crédito.

Segundo a nota da Deloitte, “uma empresa de auditoria não prepara demonstrações financeiras [balanços], as quais são de responsabilidade da Administração da empresa conforme estabelecido em lei”.

Após negar a confecção do relatório do terceiro trimestre, a auditoria concluiu que, “pela sua inexistência [do balanço], seria impossível que um suposto relatório tivesse sido enviado ao Banco PanAmericano e ao Banco Central”.

Por causa do rombo de R$ 2,5 bilhões, o Grupo Silvio Santos – controlador do Panamericano – teve que levantar esse valor com o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para cobrir o prejuízo causado por uma suposta fraude na contabilidade da instituição.

Leia a nota da Deloitte na íntegra

"Deloitte comunica:
Com relação à reportagem publicada hoje por jornal de grande circulação e que traz inúmeras inverdades, a Deloitte, indignada, tem a esclarecer o seguinte:

• A inverdade começa já na manchete da primeira página de um de seus cadernos. Uma empresa de auditoria não prepara demonstrações financeiras (balanços), as quais são de responsabilidade da Administração da empresa conforme estabelecido em lei.

• Conforme resposta enviada formalmente ao repórter, a Deloitte não preparou e não emitiu qualquer relatório sobre o balanço do terceiro trimestre de 2010 do Banco PanAmericano. Portanto, pela sua inexistência, seria impossível que um suposto relatório tivesse sido enviado ao Banco PanAmericano e ao Banco Central.

• Não é possível que terceiros auditores, que teriam sido ouvidos pelo repórter, concluíssem sobre a suficiência de nossos procedimentos de auditoria sem ter tido acesso aos nossos trabalhos e sobre estes emitissem julgamento e afirmativas de forma irresponsável.

• Surpreendeu-nos, ainda, o fato de o repórter ter apurado que a Deloitte não disporia de seguro para cobrir “eventuais erros de omissão de executivos” e ter publicado a informação, sem termos nos manifestado a respeito.

• O repórter mencionou na matéria que a “unidade”, supostamente referindo-se à firma brasileira da Deloitte, “possa ser descredenciada pela matriz”. Trata-se de um absurdo sem igual, sem qualquer vínculo com a verdade. Denota total desconhecimento sobre a realidade e a estrutura de nossa organização.

• A referida matéria menciona ainda outros casos de maneira incorreta. A empresa Bausch & Lomb nem sequer foi nossa cliente de auditoria.

Informamos que continuamos impedidos de nos pronunciar sobre o caso do Banco por questões de ética e normas profissionais.

Reiteramos que nosso compromisso é com a verdade dos fatos."

FONTE: PORTAL R7 EM: http://noticias.r7.com/economia/noticias/auditoria-descarta-maquiagem-em-rombo-do-banco-panamericano-20101117.html

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Banco Panamericano e a Contabilidade


Se um médico provocar a morte de um paciente a pedido dele, de quem será a responsabilidade? Do médico? De quem pediu? Ou de ambos?

Agora, se os gestores do Banco Panamericano pedirem para o contador fraudar resultados, para registrar ativos e passivos fictícios, de quem será a responsabilidade? De quem pediu? Do Contador? Ou de ambos?

O Código Civil estabeleceu em capítulos próprios a responsabilidade dos prepostos e a escrituração contábil. Isso porque a Contabilidade exerce uma função social ao “vestir” as pessoas jurídicas para que elas tenham forma e conteúdo, representados nas demonstrações contábeis. Essas informações têm por função fornecer elementos para proteger os agentes econômicos contra o risco do insucesso, favorecendo a geração de emprego e a estabilidade social.

É por isso que o profissional contábil, em sua função de transformar os atos da gestão em informações contábeis, assume responsabilidade civil e criminal pelas informações prestadas à sociedade.

As técnicas usadas nos registros contábeis inviabilizam, se usadas corretamente, a manipulação de informações. Deixar de registrar a venda de uma carteira de clientes, pela aplicação da teoria do Débito e do Crédito, é impossível. Isso porque tudo que se tem (débito) veio de algum lugar (crédito). Não dar baixa de ativos, creditando um passivo fictício ou uma receita inventada é crime, e o profissional que o cometer deve ser punido. O que estranhamos é o fato de o profissional responsável pelas informações contábeis do Banco Panamericano ainda não ter se manifestado, e que as autoridades e o conselho de fiscalização da profissão não tenham ainda interpelado esse profissional.

Da mesma forma, para uma companhia vender as suas próprias ações, ela precisa possuí-las primeiro. Caso contrário, quem irá vender são os seus acionistas. Então, quem vendeu as ações do Banco Panamericano para a Caixa Econômica Federal? Que vantagens os vendedores obtiveram com essa venda? Se os lucros não eram verdadeiros, quem foram os beneficiados? Eles irão devolver os lucros fictícios?

Esperamos que isso tudo não acabe em “pizza”. A sociedade e os contadores, que usam essas informações contábeis para orientar os investidores, esperam uma ação exemplar.

Esperamos, também, que o Conselho Federal de Contabilidade, como agente público federal responsável pela fiscalização profissional, atue nesse processo, para dar conhecimento à sociedade do que efetivamente ocorreu.

Enfim, não é possível que um rombo de 2,5 bilhões de reais, superior ao valor do patrimônio líquido do Banco Panamericano, fique como se nada tivesse acontecido somente porque o sócio controlador injetou o valor para cobrir o rombo. E como fica a Caixa Econômica Federal? Quem irá pagar pela desvalorização do valor das ações?

A sociedade não pode ficar dependente de informações falsas, fraudulentas. Essa história precisa ser mais bem explicada, para o bem do Brasil e da sociedade; para o bem da economia; e, sobretudo, para o bem da profissão contábil.


FONTE DAS INFORMAÇÕES ACIMA:

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Contabilidade: a carreira que oferece várias opções profissionais.


Em : Friday, November 05, 2010 8:42 AM recebi esse e-mail, portanto não tenho responsabilidade nenhuma sobre ele. Tenho a fonte e quem saber de quem é  a mensagem original...

Em entrevista ao CRC SP Online, o professor de Contabilidade da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) Roberto Kassai comentou que os profissionais que atuam na área contábil  têm um amplo leque de opções profissionais para escolher. O Contabilista pode atuar em instituições privadas ou empresas governamentais, no setor financeiro, indústria ou comércio e trabalhar com Contabilidade Financeira, Auditoria, Perícia, Contabilidade de Custos ou Controladoria. Para quem tem interesse pela vida acadêmica, a carreira de professor também oferece ótimas oportunidades.

Atualmente, como está o cenário da Contabilidade para quem está ingressando na profissão?
Hoje, menos de 10% das pessoas que se formam irão trabalhar na mesma área em que concluiu o primeiro curso de graduação e, no caso do Contabilista, a realidade não é diferente, sobretudo por se tratar de uma ciência social aplicada e ter alguma afinidade com números e com finanças. E, nesse caso, o novo profissional poderá ocupar funções e cargos específicos da própria área ou de outras áreas afins em empresas privadas, no governo, em instituições financeiros, em ONGs, em pequenas empresas e até mesmo em seus próprios negócios. As áreas específicas são  bem servidas e bem remuneradas e o profissional pode exercer funções de Controller, Contador, diretor financeiro, Auditor, fiscal de rendas, relação com investidores, analista de mercados de capitais, analista de riscos e de projetos,  Perito Judicial, profissional de sustentabilidade, professor ou pesquisador.
 
Como são as chances de colocação no mercado de trabalho?
A área de Contabilidade é uma das mais privilegiadas em termos de colocação no mercado de trabalho, pois as empresas em geral necessitam de profissionais com essas especializações. Na FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), por exemplo, os alunos são liberados para realizarem estágios em empresas a partir do segundo ano e a remuneração média tem sido superior a R$1.000 e, muitos desses alunos, são efetivados nas empresas antes de concluírem o curso.

Em sua opinião, qual é o nível dos cursos de Ciências Contábeis em São Paulo?
Os cursos de Ciências Contábeis em São Paulo, ou quaisquer outros estados brasileiros, possuem grades curriculares semelhantes e de alto nível, com disciplinas alinhadas às demandas do mercado e das tendências internacionais. O que muda é a disponibilidade dos professores e pesquisadores que, neste caso, estão mais concentrados no estado paulista.

Que conselho o senhor daria aos estudantes da área?
Eu diria que aqueles que têm afinidade com a área terão a chance de trabalhar em uma das funções mais nobres deste século, pois a linguagem contábil e financeira é a salvaguarda para que as empresas possam crescer e se perpertuar  na missão de fornecer bens e serviços para o consumo e o bem-estar da sociedade, principalmente diante das questões atuais de sustentabilidade e de mudanças climáticas globais. As ações de natureza social e ambiental, para serem factíveis, terão que ter também um equilíbrio contábil e financeiro.

Como está a concorrência no vestibular para o curso de Ciências Contábeis?
Não é tão disputado como os cursos de medicina ou de publicidade, mas para o aluno entrar em boas escolas é necessário ter um bom desempenho estudantil e estar acima da média. No caso da FEA/USP, que é uma das escolas mais concorridas, o vestibular é unificado, ou seja, o candidato pode concorrer simultaneamente a todos os cursos oferecidos (Contabilidade, Atuária, Economia e Administração). Mas vale uma dica importante: ficar bem tranqüilo na hora de prestar o exame.

O que o advento das Normas Internacionais de Contabilidade trará para os profissionais que estão ingressando agora na área?
O Brasil foi o primeiro país no mundo a adotar as Normas Internacionais de Contabilidade e as empresas terão seus balanços válidos não apenas no território nacional, mas também em outros países. Não é o caso dos Estados Unidos, da Alemanha e do Japão, por exemplo, em que as empresas têm que ajustar os relatórios contábeis para lançarem ações ou papéis no mercado internacional. Como essas normas estão sendo exigidas a partir deste ano, ainda é uma novidade para a maioria dos profissionais de mercados atuais. Os alunos que se formarem nesses próximos anos já estarão prontos para o mercado e com excelentes oportunidades profissionais.

E o Exame de Suficiência, que será obrigatório a partir do próximo ano? Como o senhor vê essa avaliação para quem pretende trabalhar com a Contabilidade?
É uma valorização da profissão e um reconhecimento natural do próprio mercado, tendo em vista a importância do Contabilista no cenário econômico e social do País. 

E no caso das mudanças climáticas globais que estão ocorrendo em todo o mundo, qual a posição do profissional de Contabilidade?
As questões da poluição, do aumento da temperatura média do planeta,  do esgotamento dos recursos naturais não renováveis e da necessidade de mudanças no processo de extração, produção, distribuição e consumo é uma realidade que está afetando todo o mundo e deverá mudar o comportamento da humanidade nas próximas décadas. Demandará um esforço global e coordenado e todas as áreas de conhecimento deverão dar a sua contribuição. A Contabilidade, que fala a própria linguagem do mercado, ou seja, o dinheiro, exercerá um papel fundamental nesse cenário, pois será o parâmetro referencial para que as ações de natureza social e ambiental possam ser viabilizadas. Os profissionais que pesquisam ou trabalham na área de Contabilidade ambiental estão sendo muito procurados e bem remunerados.